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VOCÊ ESTÁ AQUI » HOME » ESPÉCIES CINEGÉTICAS » MARRAQUINHA

 

Nome comum: Marrequinha
Outras designações: Marrequinho, marreca, marneca
Peso: 460 – 900 g
Comprimento: 34 – 38 cm
Fenologia: Invernante

Esta espécie pode ser encontrada a norte do Equador, na América Central e do Norte, na Europa, na Ásia e África. Distribui-se praticamente por todo o hemisfério Norte.

Na região Paleárctica Ocidental nidifica no Noroeste e Norte da Europa, A sua área de distribuição compreende Albânia, Alemanha, Áustria, Bielorússia, Bélgica, Bulgária, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Moldávia, Noruega, Polónia, Reino Unido, República Checa, República da Irlanda, Roménia, Rússia, Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia. Inverna na bacia mediterrânica e Europa Central.

Em Portugal parece ter preferência por zonas litorais, ocorrendo apenas nas zonas do interior alentejano, embora com pouca expressão em termos de número de indivíduos. A distribuição desta espécie em Portugal Continental abrange praticamente todo território. Frequenta uma grande variedade de zonas húmidas, embora seja mais abundante nos grandes estuários ou noutras zonas húmidas junto ao litoral. Ocorre na Zona Estuários dos Rios Minho e Coura, Ria de Aveiro, Paul de Arzila, Paul de Madriz, Paul do Boquilobo, Estuário do Tejo, Estuário do Sado, Açude da Murta, Lagoa de Santo André, Ria Formosa, Sapais de Castro Marim, Douro Internacional e Vale do Rio Águeda, Paul do Taipal, Lagoa Pequena, e em pequenas charcas ao redor da barragem do Alqueva.
Embora a tendência da população do Mar Negro e Mediterrâneo apresente um ligeiro crescimento, em Portugal nos últimos dez anos tem-se verificado um ligeiro declínio. No nosso país a população invernante registou em resultado dos censos realizados anualmente valores entre 13’000 e 30’000 indivíduos.

A nível mundial o seu estatuto de conservação (IUCN) é de não ameaçado, bem como na Europa e em Portugal. Em Espanha, no entanto, o seu estatuto é vulnerável.

A marrequinha é o Anatídeo de menores dimensões da Europa.
Íris castanho-amarelada, bico negro no macho adulto imaturo, apresentando a fêmea imatura tons acinzentados no cúlmen e ponta da mandíbula superior sendo dos lados rosa-amarelado ou laranja-amarelado com pontos negros. Os pés são cinzento-pálidos a cinzento-acastanhados.
O macho adulto em plumagem nupcial apresenta a fronte, coroa e nuca castanhas, delimitadas por uma estreita linha de cor creme. O resto cabeça é da mesma cor, com excepção do mento, que é negro, e de duas manchas laterais verde-brilhantes, orladas a creme, que se iniciam antes dos olhos e se prolongam para trás unindo-se na nuca.
O peito e abdómen são claros com pontos escuros mais ou menos dispersos, sendo a zona inferior do abdómen com estreitas barras cinzentas. As coberturas infracaudais centrais são negras e as laterais creme, formando um característico triângulo, orlado a negro. As rectrizes são cinzento-acastanhadas com estreitas margens claras. A zona inferior d pescoço, o manto, os flancos e parte das escapulares com marcas vermiformes pretas e brancas. O dorso e uropígio cinzento-escuros, por vezes com ténues marcas vermiformes de cor branca.

Em vista dorsal, a região anterior da asa, bem como as primárias são de tonalidade cinzento-acastanhado. O espelho é verde-vivo, delimitado por uma barra branca sobre as grandes coberturas e no bordo posterior por uma pouco visível linha branca. As grandes coberturas infra-alares e axilares são brancas, enquanto as restantes coberturas infra-alares são cinzentas escuras com ponta branca.
A fêmea tem fronte, coroa e nuca cinzento-acastanhadas escuras, tendo uma risca ocular pouco saliente. O resto da cabeça é castanha-pálida ou creme com pequenas marcas negras enquanto o mento é esbranquiçado. As penas do peito e flancos com várias marcas, o abdómen esbranquiçado e as coberturas infracaudais barncas (quando pousada é bem visível uma listra branca na cauda) com marcas acastanhadas pouco evidentes. O manto e escapulares de cor sépia. As penas do dorso e do uropígio são negras com margens claras.
As asas são semelhantes às do macho, embora o espelho seja menos vistoso.
Em plumagem de eclipse é difícil de distingui o macho da fêmea e do juvenil. A marrequinha é porventura a espécies que impõe maiores dificuldades na determinação do sexo e da idade em certas fases do ciclo anual, devido quer à grande variação de plumagem inerente, quer ainda à existência de diferentes fenótipos.

Em voo identifica-se pelo seu tamanho pequeno, pelo pescoço curto e corpo compacto, sendo os batimentos da asa rápidos, mudando frequentemente de direcção, lembrando as aves limícolas. Nota-se bem o espelho verde e o triângulo ou listra (consoante o sexo) da cauda.

É o primeiro anatídeo a chegar às áreas de alimentação, dispersando-se muito rapidamente, movimentando-se bastante, normalmente em voos rasantes e irregulares, aparecendo de surpresa ao caçador, já que os batimentos da asa, em voo contínuo, são quase inaudíveis. Pode facilmente confundir-se a fêmea de marrequinha com a do marreco, o que pode causar problemas no caso da caça ao marreco não ser permitida.
É uma espécie omnívora, preferindo as sementes no Outono/Inverno e preferencialmente invertebrados na Primavera/Verão.
Prefere andar em grupos, sem por isso difícil serem encontrados indivíduos isolados.
Em Portugal as zonas de maior concentração são os estuários de Tejo e do Sado, o Paúl do Boquilobo, a pateira de S. Jacinto, o Paúl de Arzila e da Madriz e a Quinta do Taipal. No Alentejo dispersa-se por um grande número de zonas húmidas do interior, onde está quase sempre pouco representado.
Existem flutuações bastante irregulares quanto ao número de Marrequinhas que invernam em Portugal, tal deve-se ao facto da espécie ser gregária e de ocorrerem movimentos dispersivos associados a vagas de frio no Norte da Europa.

Nidifica no solo, geralmente perto da água, pondo 8 a 11 ovos de cor creme. A incubação pela fêmea dura 21 a 23 dias e os jovens são capazes de voar ao fim de 25 a 30 dias, atingindo a maturidade sexual com um ano. A taxa de sobrevivência anual é de 61%.

É um pato de superfície, e alimenta-se mergulhando apenas o bico, preferindo assim as zonas menos profundas. Esta espécie parece beneficiar assim de massas de água com margens de declives suaves. De dia frequenta zonas húmidas tranquilas com apreciável densidade de vegetação aquática. Durante o Inverno sobretudo matéria vegetal e sementes, enquanto na Primavera e no Verão se alimentam essencialmente de invertebrados aquáticos (moluscos, crustáceos, vermes e insectos) Alimenta-se tanto de dia como de noite, depende do clima e do ciclo das marés.
Tal qual os outros patos de superfície, a marrequinha tem um padrão de comportamento de Inverno caracterizado por durante o dia descansar e tratar das penas, enquanto a alimentação ocorre principalmente à noite. Esta espécie ocupa uma grande variedade de habitates, podendo ocorrer em praticamente qualquer tipo de zona húmida, principalmente estuários, lagoas costeiras, pisciculturas, cursos de água, paúis, açudes e barragens. Surge no entanto com maior frequência em zonas com vegetação aquática bem desenvolvida, formando aí grandes concentrações no Inverno. Descansa de dia em grupos compactos em zonas húmidas abertas, ou em bancos de lama; ao anoitecer move-se progressivamente para zonas com vegetação densa.
Favorecida zonas com águas eutróficas, no entanto também podem tolerar condições neutras e ácidas se houver abundância de alimento. Tolera a presença do homem, desde que as perturbações não sejam frequentes e intensas.

Ameaças: Drenagem e destruição das zonas húmidas; Desconhecimento do quantitativo de aves abatidas por época portanto impacto sem qualquer avaliação; Perturbações provocadas pelo homem; Sensível a qualquer tipo de perturbação; Poluição da água, por efluentes domésticos, industriais e agrícolas; Alguns surtos de mortalidade elevada em resultado da alimentação em zonas húmidas muito eutrofizadas; Saturnismo; Inexistência de Planos de gestão/ordenamento para áreas ecologicamente sensíveis;

Objectivos de Conservação: Conservação das principais zonas de invernada/alimentação; Protecção dos habitates favoráveis à sua presença.

Orientações de Gestão: Manutenção de extensas áreas pantanosas de água doce e caniçais; Intensificar a fiscalização nas áreas mais importantes de invernada; Redução da perturbação nas zonas de invernada mais importantes; Controlo e tratamento eficaz das descargas de efluentes; Monitorização dos efectivos; Estudos para avaliação do impacto do saturnismo sobre a espécie; Elaborar os planos de gestão/ordenamento dos locais de que a espécie depende.

Informação retirada do website http://www.confagri.pt

 
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