Nova página 1
 
Nova página 1

         

Utilizador

Password 

Registe-se aqui!
Recuperar Password!

Items: 0
Valor: €0,00
 
Nova página 1
 
 
»

Home

 
»

Notícias

 
»

Legislação

 
»

Formulários online

 
»

Calendários de provas

 
»

Galeria Multimédia

 
»

Fórum

 
»

Cães

 
»

Feiras e Exposições

 
»

Zona cinegética

 
»

Calendário Venatório

 
»

Espécies Cinegéticas

 
»

Munições

 
 
 
 
 
 

VOCÊ ESTÁ AQUI » HOME » ESPÉCIES CINEGÉTICAS » ROLA-BRAVA

 

Nome comum: Rola-brava
Nome científico: Streptopelia turtur
Outras designações: Rola, rola-comum
Peso: 130 – 180 g
Comprimento: 26 – 28 cm
Envergadura: 47 – 53 cm
Fenologia: Nidificante

A rola-brava é um pequeno membro da família dos pombos e rolas (Columbidae), de pescoço fino, de forma semelhante a um pombo, embora mais leve e de cauda mais comprida.

A plumagem é azul-acinzentada no corpo e cabeça, e branca no peito e nas coberturas infra-caudais. De cada lado do pescoço possui riscas brancas e pretas (característica que a destingue da outra espécie de rola que pode ser observada no nosso país, rola-turca – Streptopelia decaocto). A cauda possui uma banda terminal branca. A pele à volta do olho e das patas é avermelhada. Apesar de não haver dimorfismo sexual, existem ligeiras diferenças entre sexos, entre indivíduos de diferentes idades e raças quer na plumagem quer no tamanho.

No Paleártico Ocidental existem quatro subespécies de rola, Streptopelia turtur: a S. t. turtur encontrada na Europa e Ásia Ocidental; a S. t. arenicola que ocorre desde o Norte de África até ao Médio oriente; a S. t. hoggara mais restrita ao Sahara Central; e a S. t. rufescens no Egipto e norte do Sudão.

As duas primeiras são migradoras, passando o Inverno no Norte de África e no Sul de Sahara, enquanto as outras duas ou são sedentárias, ou realizam pequenos movimentos migratórios.
Na altura da reprodução, a rola-brava (S. t. turtur) migra até à Europa (desde a zona Mediterrânica até às regiões mais a norte), estimando-se que esta população seja de entre 2,8 e 14 milhões de casais reprodutores. Em Portugal tem estatuto de “vulnerável”.

As boas condições que a Península Ibérica tem para a reprodução e para alimentação (bosques e culturas cerealíferas), são a razão pela qual alguns indivíduos se fixam no nosso país. É uma espécie cinegética bastante apreciada pelos caçadores.

O habitat preferido por esta espécie na Europa, compreende um mosaico de orlas, matos arbustivos, bosquetes e zonas abertas, onde se alimenta. O alimento é composto basicamente por sementes bravas e agrícolas (alimenta-se preferencialmente no chão). A época da reprodução começa assim que chegam aos locais de reprodução. Espécie monogâmica.
O ninho é normalmente uma pequena plataforma de ramos finos, construído principalmente pela fêmea, na copa das árvores ou arbusto altos, podendo também ser feito no meio da vegetação (numa orla) ou em árvores isoladas. As posturas variam entre um a três ovos, sendo a média de dois. Podem realizar até três posturas com sucesso, embora possam construir mais ninhos e realizar mais posturas de substituição, no caso de se perder uma postura ou juvenis. A incubação dura 13-16 dias, e é realizada quer pelo macho como pela fêmea.

Cerca de metade dos ovos postos eclodem com sucesso, sendo o restante predado (especialmente por corvídeos, como o gaio, Garrulus glandarius, e as pegas), abandonado ou perdido (por exemplo devido a infertilidade). Os juvenis tornam-se adultos, com capacidade de se reproduzir ao fim de um ano.
O território de reprodução de um casal reprodutor de rola-brava pode variar entre 0,75-9,90 ha (valores obtido num estudo em Inglaterra, Browne & Aebischer, 2001). As zonas de floresta e de matos são os locais preferidos para a construção do ninho.
Na altura da reprodução a densidade de rolas pode oscilar entre valores de aproximadamente 0,5 territórios por km2, até valores de 30 territórios por km2, dependendo da qualidade do habitat disponível.
As rolas podem percorrer grandes distâncias para se alimentar e muitas vezes o território de reprodução não coincide com o de alimentação. Os locais de alimentação têm normalmente vegetação baixa e pouco densa. As sementes de culturas agrícolas são muito importantes, embora a quantidades ingerida não seja igual durante todo o ano, pois estas estão disponíveis imediatamente antes e depois de serem colhidas. As sementes agrícolas têm um valor nutritivo mais elevado do que as sementes bravias, e por isso o aumento do seu consumo é extremamente benéfico para o sucesso reprodutivo das rolas, apesar de não ser determinante.

As modificações na paisagem agrícola alteraram o comportamento reprodutor e alimentar das rolas. A diminuição da área agrícola, apesar de não afectar o sucesso reprodutivo directamente, contribui para a diminuição da condição física dos adultos (devido à menor disponibilidade de alimento e à maior distância percorrida entre o local de nidificação e as áreas de alimentação). Consequentemente o número de tentativas de postura será menor, diminuindo a taxa de reprodução.

Os estudos mostram que o número de tentativas de nidificação por casal diminui nos últimos 40 anos. Ao chegarem da migração, os adultos precisam de mais tempo para recuperar do esforço, pois levam mais tempo a encontrar alimento, e por isso atrasam a primeira postura. A necessidade de efectuar grandes deslocações para se alimentar, pode levar a que os adultos deixem de nidificar mais cedo, começando a preparar-se para a migração até aos locais de invernada.

O aumento do uso de herbicidas diminui o número de espécies vegetais bravias numa área agrícola, tornando estas áreas menos atractivas para a alimentação. No Reino Unido a disponibilidade alimentar foi um dos factores que provocou uma diminuição na população de rolas.
Assim, é necessário diminuir a quantidade de áreas contínuas de agricultura intensiva. Deve-se instalar parcelas que favoreçam as plantas anuais bravias, onde não se apliquem herbicidas e que necessitam de ser cortadas (não permitindo a sua transformação em densos matagais). A criação de mosaicos de zonas agrícolas, bosques e parcelas vegetação herbácea natural, proporcionará às rolas locais para nidificação (árvores e orlas) e zonas de alimentação.

A instalação de comedouros não parece colmatar a fraca disponibilidade de alimento em zonas de agricultura intensiva. No entanto, uma correcta instalação de cevadouros, tendo em atenção a sua construção, a sua localização e a sua cor, pode colmatar algumas deficiências. A instalação de culturas para a fauna pode ser uma das medidas que favoreçam a recuperação das populações desta espécie (bem como de outras espécies cinegéticas).

A população desta espécie tem vindo a regredir, quer em número quer em área de distribuição, durante a última metade do século passado. Por exemplo, estudos realizados pela BTO (British Trust Ornithology, do Reino Unido), relatam uma diminuição de 70% da sua abundância desta espécie no Reino Unido, durante 1970 e 1978.

Esta redução pode ser o resultado de um conjunto de factores quer no local de invernada, quer nas rotas migratórias, quer durante a época da reprodução. Por isso, torna-se necessário um esforço integrado por todos os países envolvidos.

A intensidade da pressão cinegética deve ser gerida por forma a diminuir os impactos negativos que pode provocar. Esta situação é particularmente grave nos países por onde passam as rotas migratórias e assume papel fundamental no Norte de África, onde ainda são permitidos alguns métodos de caça que não têm por base a exploração sustentável dos recursos bravios.

O desenvolvimento do turismo cinegético nestas regiões, não foi acompanhado pela implementação de um conjunto de regras de gestão cinegética racional, tornando a actividade pouco sustentada.

Para além disso, o desenvolvimento da agricultura (através de planos de rega bem estruturados) nalguns países do Norte de África, como Marrocos, tem proporcionado às rolas em migração excelentes locais de reprodução.

Estes dois últimos factores, conjuntamente com as mudanças na paisagem agrícola europeia, são a principal razão da diminuição do número de indivíduos que vem nidificar à Europa, e somente na Grécia, a pressão cinegética é a principal razão.

Contudo, persistem grandes lacunas no nosso conhecimento sobre a rola-brava e sobre a sua relação com o habitat, quer durante a nidificação, quer durante a migração, quer nos locais de invernada. Por exemplo, é importante determinar com rigor a época de reprodução das rolas (em cada região) por forma a minimizar a sua sobreposição com a abertura da caça, bem como determinar quais os locais preferenciais para a reprodução.

Tendo em conta o futuro desta espécie no nosso país, é fundamental monitorizar as nossas populações de rola e obter informação sobre todos os dias de caça, padronizando as diversas metodologias, de maneira a produzir informação credível, e actualizada, sobre a rolas e a sua caça.

Informação retirada do website http://www.confagri.pt

 
Nova página 1