Nome
comum: Pombo-torcaz
Nome científico: Columba palumbus
Peso: 500 g
Comprimento: 40 – 42 cm
Envergadura: 73 – 76 cm
Fenologia: Invernante/residente
Este
columbiforme distribui-se um pouco por toda a Europa e é
aquele com maiores populações, estimando-se que existam
entre 9 a 12 milhões de casais reprodutores. Em Portugal
ocorre principalmente como migrador, estimando-se que
cerca de 5 a 6 milhões de pombos invernem nos nossos
campos agrícolas.
Em Portugal é considerada como invernante,apesar de nos
últimos anos ter sido registado um aumento do número de
casais que nidificam no nosso país. As alterações
recentes no montado de sobro e azinho, têm contribuído
para esta mudança da sua fenologia. Nidifica em zonas
florestais, alimentando-se nas culturas agrícolas
adjacentes, e tira proveito dos frutos das árvores, em
alturas de escassez de alimentos agrícolas.
É bastante apreciado como espécie cinegética, sendo
famosos os relatos de dias de caça em que são avistados
bandos com milhares de indivíduos, proporcionando boas
jornadas.
Para além da espécie do continente, existem duas
subespécies, uma nos Açores (C. p. azorica) e na madeira
(C. p. maderensis) com estatuto de conservação
elevado. É um pombo grande, que se destaca pelas manchas
brancas características nas asas e no pescoço, pela
cauda maior, quando comparada com os outros pombos. Não
existe dimorfismo sexual.
Prefere zonas florestadas, com orlas, arbustos e água
disponível. Alimenta-se exclusivamente de material
vegetal, sementes, frutos silvestres, sementes agrícolas
(como cereais), e no nosso país tem preferência pelos
campos de girassol, onde pode ser encontrado a
alimentar-se a partir de Agosto, de preferência quando
este estiver bastante seco. De Inverno alimenta-se
preferencialmente de bolota.
Constrói ninhos em forma de taça em zonas florestadas
(seja em florestas, em bosquetes e mesmo parques), com
elevada disponibilidade de alimento. Os casais são
formados no fim do Inverno, e a reprodução começa em
Abril, podendo estender-se até Agosto. Efectuam duas ou
três posturas, sendo a terceira efectuada normalmente em
Agosto. A fêmea põe normalmente dois ovos em cada
postura. A incubação dura cerca de 17 dias e é efectuada
por ambos os progenitores. Após 16 a 20 dias crias
abandonam o ninho.
A grande capacidade reprodutiva e a tendência para
formar grandes bandos, conduzem a que nalgumas zonas, os
agricultores os considerem uma praga, causando prejuízos
avultados na produção agrícola. Estes fazem-se sentir
com maior frequência de Inverno, em sementeiras novas,
sendo consumidas tanto as sementes como as plantas
jovens.
A migração é determinada pelo alimento disponível nas
zonas agrícolas e de pastagem extensiva, e pela
disponibilidade de bolota. Os pombos do Norte da Europa,
invernam no Sul de França, na Península Ibérica e Norte
de África. A migração começa em finais de Setembro, e o
regresso ocorre Fevereiro e Março.
No nosso país caça-se pombo de espera, com ou sem
negaça, e de salto. A colocação e a construção das
portas, deve ter em atenção as rotas de entrada dos
pombos e devem ser colocadas por forma a que os pombos
não vejam o caçador. A negaça pode estar nos ramos mais
altos das árvores perto das portas, ou no chão. São
usados pombos de plástico ou animais vivos (com a cabeça
tapada) treinados para levantarem voo e pousarem de
seguida, atraindo os bandos que passam.
Têm sido detectados alguns problemas sanitários, muitas
vezes causados por uma gestão cinegética errada
(consultar texto sobre Tricomonose em pombos-bravos),
que fomenta a elevada densidade de animais em volta de
comedouros e bebedouros, aumentando o contacto entre
indivíduos, muitas vezes com libertação de indivíduos
provenientes de cativeiro (por vezes já infectados).
Informação retirada do website http://www.confagri.pt |